domingo, 9 de novembro de 2008

Videogame Arte: conclusão

Nesta postagem comento o capítulo "Conclusão" do livro Videogame Arte, de Arthur Bobany, e os detalhes que fecham o livro. E terminamos como começamos, com a (eterna) tentativa em definir arte. Bobany, então, nos coloca as seguintes questões: arte é definida por sua qualidade ou apuro estético; pela complexidade narrativa, pela facilidade de assimilação ou popularidade das obras perante seu público?

E acrescento às questões do autor, outras mais. Qual é a função da arte? Entreter, ensinar, emocionar? O que a arte quer dizer? Por meio de sua expressão ela deseja nos afetar, seja pelo uso da beleza ou da estranheza? Permitir uma experiência única? Lançar um olhar diferenciado sobre os mais diversos temas, sejam elas pragmáticas ou abstratas? Além disso, tornar-se o próprio meio por qual nos transportamos e viajamos junto com o artista?

A arte tem o poder de nos fazer olhar para si: evoca emoções presas, escondidas, desconhecidas. E nos toca simplesmente por nos fazer perceber isto. Sua liberdade de expressão nos atinge por este olhar único sobre a coisa comum; ou quando nos transporta para o distante. Nos afeta quando sentimos empatia e identificação; mas também nos lança pontos de interrogação ao não determinar explicitamente sua mensagem.

Ela muitas vezes é simplesmente reflexo do que somos, sob infinitas formas. Pense nas mais diversas linguagem artísticas com que teve contato e que, de alguma maneira, afetou seu momento, sua personalidade, sua inteligência, enfim, proporcionou uma experiência. Uma música, um show do seu cantor preferido, uma ópera; uma voz, uma peça de teatro ou aquela performance do seu ator predileto; um comercial, um documentário, aquele filme que dividiu com toda platéia na sala escura; uma ilustração, uma pintura, uma escultura, um edifício; uma poesia, um conto, um livro, um pensamento; uma idéia.

Não há limites para a arte e mesmo agora, enquanto escrevo estes exemplos, penso que não é difícil relacionar os jogos eletrônicos a muitas destas formas de expressão artística, e com o enorme particular, que é a virtualidade e a interatividade.

Ao final do livro temos um glossário dos termos mais específicos e, depois disso, como "fase bônus", fechamos a obra com uma pequena biografia dos autores dos artigos que ilustraram vários capítulos: Daniel Mafra, Esteban Walter Gonzalez Clua, Maria das Graças Chagas e Paulo Marcos Figueiredo de Andrade.

Acompanha o volume um brinde em forma de livreto, de 24 páginas, contendo dois capítulos de leitura à parte: o primeiro entitulado "A arte nos games" e o segundo "Crítica de games". Este bônus é livremente distribuído e pode também ser baixado no formato PDF neste link (1,83 MB).

Segue lista de todas as resenhas, na ordem em que foram publicadas.

Ou utilize o link geral abaixo para visualizar todas as postagens.

2 comentários:

Anônimo disse...

Alexo, tens a bibliografia deste livro? e sabe se posso baixá-lo na internet completo?
abraços!

Alexandre Maravalhas disse...

Camila, só conheço o PDF que é distribuído oficialmente como bônus e que coloquei ali. Comprei o livro via livraria 2AB, que estava na "Terça Gorda" e saiu com ótimo preço!

O livro faz menções a outras obras durante o conteúdo, mas não tem referências bibliográficas ao final.

Tente contato com o Arthur. Ele mesmo comentou algumas postagens:

http://benzaitenbrasil.blogspot.com/2008/01/videogamearte-inicio.html

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