sábado, 2 de maio de 2009

Entrevista coletiva com Moacyr Alves: viciados em videogame (1ª parte)

Recentemente foi ao ar entrevista (acima) no programa Dia Dia (Band) e que teve como personagens nosso colega de grupo Moacyr Alves, colecionador de videogames – e já tarimbado em aparições na mídia – e o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, que integra o Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, pela Unifesp.

A força da pauta em questão foi "viciados em videogame", haja visto a especialidade (dependência não química) do segundo convidado, o dr. Aderbal. Infelizmente o vídeo que citamos não mostra o videoteipe apresentado antes da entrevista, mas ficou uma sensação de frustração pelo raso aproveitamento do assunto principalmente na figura do Moacyr, que teve uma participação extremamente curta, contrastando com o conteúdo que ele mesmo poderia ter contribuído com o assunto, de forma pragmática, diferentemente do doutor, embasando com a teoria.

Aproveitamos então esta temática, além das questões de bastidores da entrevista, para estender este e outros assuntos com o Moacyr, com a participação de vários colegas de grupo Benzaiten nesta coletiva.

Alexo Maravalhas Moacyr, fale inicialmente sobre você, sobre seu hobby de colecionador, enfim, fique à vontade para se apresentar rapidamente aqui.

Moacyr Alves Meu nome é Moacyr Alves Junior, tenho 37 anos, sou empresário, sou casado e tenho uma filha de quatro anos que não mora comigo, infelizmente. E também sou um apaixonado e aficcionado por videogames e jogos eletrônicos em geral. Começei a colecionar games há exatos cinco anos e meio atrás e o motivo: sempre gostei de jogos e sempre vou gostar, ou seja, simples assim!

Porém, para dizer mesmo como começei a gostar, o fato, em suma, se deu quando criança: eu ficava em casa, trancado praticamente o dia todo, porque meus pais não tinham condições de pagar alguém para ficar comigo e, em compensação, me deram um videogame para passar meu tempo... Bom, estou “passando o tempo” até hoje com isso e agradeço muito a meus pais por isso.

Acontece que há três anos eu estou levando o famigerado "joguinho" a um nível mais sério, porque nos dias de hoje o game não é apenas uma forma de entretenimento e sim uma verdadeira máquina de interação entre pessoas, fora também o fato de ser algo muito lucrativo.

Alexo – Eu fiquei com várias dúvidas, e acho que alguns colegas compartilham dessas questões, e que são a respeito dos bastidores do programa Dia Dia. Sabemos que você é sempre requisitado, seja para palestras, para matérias ou entrevistas. A minha sensação, quanto à matéria da Band, é de frustração, em especial na sua participação. Eu gostaria que você citasse outras entrevistas similares que você participou, que você tenha gostado muito de ter participado, comentasse como foram, mas fizesse uma comparação delas em relação a esta última.

Moacyr – Muito boa pergunta, amigo Alex. Vamos lá. O problema começa na televisão em si. O porquê é muito simples. Tudo nesse tipo de programa é superficial. Em quase 100% dos programas de televisão ou às vezes até mesmo em filmes, um assunto riquíssimo se torna superficial, levando em conta o que o canal quer mostrar para se formar uma opinião.

Vamos a um exemplo popular. O famoso Big Brother. Eu sou franco em dizer: detesto esse tipo de programa, não assisto e não faço questão. Mas o primeiro de todos eu cheguei a assistir quatro capítulos (da metade) do reality show e o que eu percebi claramente foi que as imagens eram manipuladas para favorecer ou desfavorecer os participantes. Bom, isso foi exatamente o que aconteceu comigo, nesse programa.

Mas aí digo a vocês porque aceitei fazer aquela matéria. Pensem comigo: se não fosse eu, uma pessoa esclarecida sobre o assunto, quem iria representar nossa sociedade “gamística”? Poderiam entrevistar um “zé-qualquer”, que repetisse o que eles queriam ouvir, que todo jogador é problemático. Então aceitei o convite de primeira e, de fato, vou aceitar várias vezes, porque assim contribuo com nossa sociedade sadia e a livro de pessoas de mentes pequenas, que não conseguem enxergar além da telinha da TV.

Aliás, isso me faz lembram um questionamento de professor de literatura do cursinho. Ele dizia:

“Engraçado. Todo mundo repete notícia ruim, toda hora. Muitas vezes mais de duas vezes, em vários canais, mas não vejo nenhum repórter vir aqui, fazer uma matéria com vocês que trabalham o dia todo e vem pra cá direto do serviço para ser alguém na vida...”

Comparando isso com o programam, seria mais ou menos assim: queriam falar mal do vício de se jogar videogames, mas não me perguntaram como me sentia dando palestras sobre o assunto, ou como isso me fez aprender línguas.

Nunca perguntariam pra você, Alex, o gosto musical que você adquiriu com os games, ou sobre as aulas de artes digitais que a nossa Benzaiten Roberta Fialho está tão entusiasmada em ministrar. Então chegamos a seguinte conclusão: coisas pequenas divertem mentes menores. O game de hoje me evolui, me socializa e me diverte; nunca serei como os que assistem esses programas para a massa, ou o famoso "Dê pão e circo ao povo, que do resto eu me encarrego"! Nós não somos e nem seremos essa imagem medíocre.

Engraçado é que, de todos os programas onde eu participei, me saí melhor justamente no primeiro. Mas também preste atenção para vermos a diferença. Quem estava presente? Roger Tavares, nosso doutorado em games; Kao Tokyo, nosso mestrado em mídias digitais; André Toledo, professor de publicidade e também especializado em games; eu, que vocês já conhecem; e um tal "viciado" em games.

O "viciado" não falou nem seis minutos em um programa de uma hora e meia, e durante essa hora demos um show. Pena não ter conseguido gravar aquele programa. Com certeza vocês teriam gostado muito dele. Voltando ao programa Dia Dia, como já disse em um texto meu, aquilo foi definitivamente uma derrota para a produção do programa que queria de fato passar uma imagem e uma vitória para os gamers!

Alexo – Eu fiquei particularmente incomodado com a câmera mostrando você ao fundo, enquanto o dr. Aderbal era questionado sobre os "doentes", como se você fosse um exemplo do caso, o que, na minha opinião não é. Uma pela tranquilidade que você demonstra ter com relação aos jogos eletrônicos e outra pela sociabilização sadia que vemos sempre acontecendo no meio.

Você ficar jogando enquanto o programa seguia foi previamente combinado? A escolha do gênero do jogo (tiro) foi sua ou já estava na pauta? Também notei que suas respostas foram curtas; você foi instruído a falar rapidamente, sentiu isso no momento, ou foi apenas sua experiência pessoal em entrevistas na TV?

Moacyr – Alex pense comigo: para um pessoal como nós, o que um programa como aquele tem a ensinar? Pra mim, foi justamente o quanto a televisão brasileira é medíocre.

E é sempre a mesma coisa: “Hoje morreram 500 pessoas em um acidente de trem. Todas elas foram queimadas vivas, agonizando, e tinha entre elas, 40 recém-nascidos, 20 mães grávidas e não sei quantos pais de família. Mas não saia da sala porque vamos ensinar agora como se faz uma torta de maçã maravilhosa!” Blá, que dureza! Isso é a banalização de tudo.

Que inveja que eu tenho do Canadá, nessa hora. Tentem ver um programa de noticiário canadense... Dá gosto, meus amigos. Por isso aquele país é considerado um dos melhores países no quesito padrão de vida: porque eles têm qualidade em tudo, e isso inclui a comunicação.

Como falei, eles tentaram mostrar uma imagem negativa e generalizada de um jogador de videogame... mas quem saiu com a imagem negativa, não fomos nós (eu e o Aderbal) e sim o programa.

Antes de entrar em cena, não me falaram nada. Só colocaram uma cadeira e um Playstation 3 (que eu levei). Nesse tipo de programa, tudo é improvisado e de última hora. Quando a Patrícia Maldonado me faz a primeira pergunta eu já pensei: “pronto, mais uma matéria superficial que vai jogar as mesmas perguntas de sempre, como a violência nos jogos e o problema social”. Aí como a Roberta Fialho comentou, fiquei com classe. E apenas me diverti um pouco jogando.

Agora, algo muito interessante e que ninguém viu, foi como os câmeras ficaram bobos olhando para o jogo (risos)! Toda hora um deles falava: “Meu Deus! Que imagem, que cenário maravilhoso! Olha só o nível de movimentação do jogo...” E isso porque eles não ouviram o som (mais risos).

Então te digo Alex, respondendo mesmo à sua pergunta: não, nada foi falado antes. Eu não sabia que iria ficar na cadeira jogando e afinal, não tem problema. Eu estava preparado para um nível de entrevista que o programa não soube aproveitar. Mas de qualquer forma saí feliz e posso dizer que já passei por absolutamente todos os canais de TV e perceber o quão triste eles são.

Osni Jr. Você acha que ser um colecionador de games já classifica uma pessoa como viciado em videogame?

Moacyr – Nunca. Primeiramente porque existem vários tipos de colecionismo, como bem sabemos, porém, como o game tem um grande poder de interatividade com as pessoas, as torna obrigatoriamente mais motivadas a passar o tempo jogando.

Então vamos fazer uma comparação. Quando você está vendo um filme longo, mas bom, você não percebe o tempo passar. Com os games acontece a mesma coisa, porém cem vezes mais intenso, porque em um jogo você é o protagonista da história, ou seja, se você não se esforçar, nunca irá “salvar a princesa” e nunca saberá o final. Já em um filme, independentemente de qualquer coisa (a não ser que durma!), você saberá o que acontece no final.

Um viciado não está no controle, deixa de se socializar e isso praticamente não existe no mundo dos gamers, como mostra uma pesquisa feita pelo psicólogo Daniel Loton, onde vemos o jogador de videogame muito mais sociável que qualquer outra pessoa. Qualquer viciado por si só é um problemático, porque ele põe todo seu sentimento unicamente no vício, e esse raramente é o caso de um gamer.

Osni – Você planejou começar uma coleção ou simplesmente comprava por gosto e um dia percebeu que já estava colecionando?

Moacyr – Eu nunca me imaginei colecionando. Na verdade, um belo dia fui à casa de um colega que tinha vários aparelhos antigos e me senti bem naquele ambiente. Depois disso, resolvi colecionar games e aparelhos, mas como se tornou, de certa forma, fácil para se ter acesso aos itens que eu tanto gostava no passado, como jogos de MSX, pronto! Não parei mais e comprei tudo o que eu queria ter e não pude antes, por falta de condições financeiras que hoje eu tenho.

15 comentários:

Fernando Salvio disse...

Haja conteúdo. :-) Parabéns!

Diogo Carreira Fortunato disse...

Parabens pela entrevista, só não consegui ter saco pra ver o video, mas li a entrevista. Parabens, muito legal.

Daniel Macedo disse...

Gostei muito da entrevista!

Anônimo disse...

Bom Momo me conhece e ele sabe que eu sou fã dele e sei que ele é um especialista em comunicação digo isso pois a palestra que ele deu no 2ºForum Nacional do Portal foi uma aula sobre videogame.
Parabéns a todos.

Marcelo disse...

Ficou muito perceptível no vídeo como o programa tenta estereotipar de todas as formas as pessoas "viciadas" em games...Eles tentam de qualquer jeito passar uma idéia de que os videogames são um "terrível mal" para as crianças...Que lixo de programa, hein ?

Alexandre Maravalhas disse...

E, comentando um pouco sobre nossa própria conversa, eu acho que entendo na pele quando o Moa fala que hoje em dia é relativamente "fácil" ter-se algumas peças que antigamente era algo digno de estratégia de filme Missão Impossível.

Particularmente, meu sonho de consumo era um computador MSX da Sony, o Hitbit F1XDJ. É, não sei como lembro de cor o modelo até hoje... Bom, podia até ser um Panasonic, lindão também, mas o Sony era primeiro da lista. Eu, e alguns amigos na época tentamos tudo o que era contato possível e não conseguimos, ninguém do círculo de amigos, conseguir um. E não era questão de grana. Tá, tudo bem, não era barato. A ideia era render nosso MSX "nacionalzinho" e com o dinheiro era possível adquirir o modelo original, muito mais avançado.

Também era raro termos conhecimento de alguém que tivesse conseguido. Ou mantia o feito à 7 chaves... Então, só nos restava babar nos anúncios da revistas japonesas MSX Magazine, que comprávamos no Mercado Municipal.

Eis uma foto de um MSX 2+, meio encardido, mas taí o bichinho:

http://superfami.com/msx.jpg

Juliano disse...

O Moacyr participa de algumas lista que também participo, e vejo que ele é sem dúvida um exemplo de colecionador, achei q a matéria foi muito superficial, considero viciado aqueles chineses e japoneses que ficam dias e dias sem parar em uma lan house, chegando as vezes até ocasionar mortes devido 'a exaustão, isso sim é vício. É importante dizer que mil vezes uma criança ter um "vício" como este do que estar roubando ou estar pelas ruas, isso o programa não diz e nem faz comparação. É triste ver um programa deste tratar dessa forma o Moacyr, mas como digo, se fosse para colocar alguém para enfrentar um programa destes o Moacyr foi a pessoa certa, o cara é muito centrado no que faz e no que fala. Infelizmente um desperdício, pois o cara sabe muito, é só olhar as entrevistas e palestras dele.

Juliano disse...

Tenho esse MSX que o Alexo mencionou, fotos em :
http://picasaweb.google.com.br/ejayscbr

Modelo Vermelho.

Alexandre Maravalhas disse...

Oi, Juliano. É verdade. O videogame tem se tornado alvo injustiçado e foco de críticas infundadas, enquanto existem inúmeros outros problemas acontecendo ao nosso redor. Possivelmente o leigo total culpa o gênero de jogos de tiro, jogos violentos e jogos de terror por todo o mal da humanidade. rs (Quando na verdade, "a arte imita a vida".)

Sobre sua coleção, bacana. Visitei o álbum no Picassa. Só que aquele que eu vi era um F1XD, ou seja, um MSX 2. O F1XDJ era 2+! Mas o FDD vermelho deu um charme!

Agora, uma pergunta, uma curiosidade minha, de leigo no colecionismo de consoles. Vocês não têm vontade de aperfeiçoar suas técnicas de "fotografia de estúdio" pra registrar suas coleções? A maioria das fotos que vejo são caseiras e, até entendo que o valor da coleção possa ser no uso, no tete-a-tete, mas imagina fotos com aquela iluminacao bacana, produtos com aquela "maquiagem", um retoque sutil de pós-produção no Photoshop? Acho que valorizaria muito as coleções. Bom, fica a sugestão de leigo aqui!

Juliano disse...

Sei lá, é estranho, já pensei nisso, mas é como todo o colecionador quer, que o item apareça da forma mais original possível. E como a maioria dos colecionadores é de pessoas comuns, é natural que as coleções sejam tiradas com essa qualidade amadora. Por exemplo, se um colecionador de selo for expor fotos do seu acervo, ele não irá retocar as fotos, ele vai expor justamente cada item com o seu "defeito" singular. É só ver no site www.digitpress.com as coleções dos americanos, as fotos são tiradas em porôes escuros :)

E Obrigado pela visita no album e pelo comentário.

Alexandre Maravalhas disse...

Ah, sim. Agora entendo o motivo que você explicou. Mas eu concordo. Nem me refiro a produções plastificadas ou grandes retoques (tipo Playboy), mas de ajustes corriqueiros que podem melhorar muito uma foto (exemplo, melhorar a iluminação, claridade ou contrastes).

Eu falo porque isso é prática comum em alguns outros gêneros de coleção. Imagino que, como vocês, os colecionadores de moedas cuidem de suas moedas, limpem, utilizem químicos para clareá-las etc. Os selos, que você citou, não estão nas cartas, mas em protetores de plásticos, ou em álbuns especiais.

Não falo de modificar a personalidade do aparelho, mas você já viu coleção de miniatura? Ou as miniaturas Revell? (Se assistiu Toy Story 2, vai saber do que estou falando, quanto aos retoques corretivos! rs)

Ao fotografá-los, o colecionador prepara todo um cenário, pra colocar o "sujeito" em uma ambiente natural, porém cuidando da estética. E isso não significa um cenário acéptico, como de fotos de anúncios em geral. Por exemplo, aquele seu aparelho naturalmentemais baleado pelo uso, você pode "ambientá-lo" com componentes ao redor, montar uma composição com os controles e periféricos, trabalhar e misturar a iluminação spot (para ressaltar detalhes) e difusa (pros elementos acessórios).

Também é bem legal fazer foto de mais de um ângulo. E tudo você vai lançar mão de sua criatividade. Óbvio que ninguém virar profissional, até mesmo porque equipamento pode sair caro, mas com algumas poucas técnicas e cuidados, as fotos podem ficar muito interessantes e é possível brincar com essa criação com apenas alguns exemplares, tipo com um xodó de sua coleção.

Enfim, já deu vontade de colecionar! rss Um abraço.

Roberta Fialho disse...

É Moa...trabalho de formiga.
Mas, não tenha dúvida, seu empenho na defesa e divulgação de idéias mais fundamentadas sobre os games tem sido um referencial para mim (e pra muitos outros, não duvide!). Enquanto você tenta administrar os preconceitos nos meios de comunicção eu me inspiro pra fazer o mesmo na educação.

Juliano disse...

Entendi o que voce quiz dizer. Muitos dos colecionadores, além de colecionar realizam verdadeiras restaurações em consoles, infelizmente aqui no Brasil nunca se teve aquele costume de guardar uma caixa, um manual, cuidar da label de um cartucho, aqui realmente é difícil de achar itens em excelente estado, em comparação com os EUA onde conseguimos jogos completos com mais de 10 anos e parecendo que recem saíram da loja. Então o colecionador geralmente já pega um item que está muitas vezes abandonado dentro de um guarda roupa a anos, (eu mesmo já comprei um Master System que até pena de galinha tinha dentro) e a restauração já faz parte do colecionismo. Esse meu album por exemplo eu fiz meio que as pressas, pois tinha um grupo de alunos do meu pai que viviam me enviando emails para conhecer o meu acervo. E se antes eles me enviavam emails pedindo fotos, hoje eles querem ver os aparelhos pessoalmente. O engraçado é que a maioria nunca teve contato com isso, já nasceram na geração Playstation. É interessante ver que o interesse por jogos antigos não é coisa de saudosista e que pessoas que nunca tiveram contato com esses jogos se interessam também.

Lucas Haeser disse...

MANÍACO POR GAMES ABRE O JOGO em letras garrafais foi de matar. Só não sei se morro de rir ou de chorar...
Parabéns pela entrevista Moa!
Abs.

Unknown disse...

Muito bacana a iniciativa do Alêxo em propor ao Benzaiten a amplificação do acontecido. Com o Lucas, não sei se é de rir ou chorar, mas que eu achei engraçadíssimo quando as mulheres tentam sensasionalizar o ato de jogar. Putz, eu ficaria no mínimo com vergonha depois. Até estava pensando esses dias em como se sente uma pessoa que trabalha em um meio como esse. Porque saber que você só respeitado e admirado por pessoas desinformadas ou medíocres deve ser frustrante.

Bom, eu já senti muito na pele também a falta de informação sobre jogos e jogadores e a cultura dos videogames. Fomos (8 Bit Instrumental) a uma rádio no início do ano e, no meio da entrevista o cara pergunta se somos geeks. Respondemos que não. Depois o cara pergunta se gostamos de mulher... Sem comentários... Dá vontade de responder "adoro, cuidado ao deixar sua filha perto de mim".

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