O grande início (ou praticamente)
Inaugurado nosso blog, venho experimentar minha primeira postagem, sobre a qual vou homenagear um jogo marcante, pra mim, especialmente sobre a área que escolhemos como especialidade, a das trilhas sonoras.
Sou Alexandre, mais conhecido por Alexo ("alêcho"), tanto nos canais de internet, quanto por alguns amigos mais antigos, de época de escola (apelidos não escolhemos; ganhamos, aceitamos ou não!). Bem, veja no meu perfil algumas outras referências. Sou um apreciador de trilhas – um mais interessado –, desde, mais especificamente, meados de 2003.
Digo mais interessado, mais assíduo, porque desde "sempre" tive interesse por músicas produzidas em meios eletrônicos (já tive relógio musical da Casio, por exemplo), especialmente em computadores, exatamente pela interatividade que permitem. E digo sempre, pra exagerar a noção de tempo, pois mesmo no meu primeiro computador (um Prologica CP-200s), o som já me instigava – especialmente por este computador originalmente não produzir som!
Ainda na mesma marca de computadores pessoais nacionais, meu modelo seguinte, um CP-400 Color abriu as portas das artes musicais completamente e em alto estilo: permitia 3 canais simulâneos de som sintetizado (apenas quando se "programava" a música em linguagem de máquina, pois em Basic, a linguagem voltada mais para o usuário comum, a limitação era a um canal). Hoje essa descrição parece ridícula, mas mudou fortemente a imersão e a interatividade com a máquina, na época. E já na época dos TRS-Color (o modelo internacional equivalente aos CP-400 nacionais) eu me via gravando músicas de jogos, de demonstrações ou mesmo de puramente músicas reescritas para serem reproduzidas no computador em fitas K7 (que, além de terem a finalidade conhecida por todos, também era a mídia de armazenamento de dados vigente).
Bem, desculpe o momento nostálgico. Parei, até mesmo porque não é o caso aqui de entrarmos nos detalhes do hardware. Volto à minha homenagem, motivo desta postagem inaugural, o belo The Legend of Zelda – Ocarina of Time, para Nintendo 64.
"O grande início", parte do título desta publicação, também refere-se ao desenvolvimento de uma interatividade diferenciada, tornando as batalhas de RPG muito mais dinâmicas, trazendo mais ação para este gênero, antes tido com uma referência mais forte na estratégica. E, no meu conhecimento, esta proposta surgiu na edição "Ocarina of Time", uma seqüência já consagrada, surgida em consoles anteriores. Esta forma de interação foi um dos atrativos a este jogo, pois realmente eu nunca fui um jogador do estilo RPG.
Resumindo um pouco, Zelda para 64, foi o motivo, ou um dos maiores motivos para minha atenção se voltar, ou acentuar, diria, para a produção de trilhas para os jogos modernos. Com Zelda começei a pesquisar e perceber essa cultura, essa arte envolvida nos jogos eletrônicos, um produto que é muito comumente visto sob a ótica tecnicista, fria.
Pelo contrário! O próprio universo do jogo é muito humanizado, mesmo com as limitações do equipamento. Os personagens são carismáticos e expressivos, há uma interrelação cativante entre eles, enfim, há uma série de nuances atmosféricos dos ambientes e situações e, obviamente, a trilha sonora é fundamental na condução dessa imersão. Koji Kondo é o responsável pelo trabalho em Ocarina of Time (onde Link, o herói do jogo, utiliza uma ocarina mágica) – e em edições anteriores de Zelda – como também é admirado pela composição da trilha de Mario Bros., provavelmente o jogo mais popular de todos os tempos.
À Nintendo, aos criadores de Zelda, a Koji Kondo, meus aplausos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário