A estética de 8 bits
O PBS Off Book – canal web de vídeos da Public Broadcasting Service – editou recentemente o mini documentário The Evolution of 8-Bit Art (7'), que busca retratar um pouco do universo da arte digital dos anos oitenta, popularizada com o advento dos videogames.
Embora a menção de equipamentos como Atari ou Nintendo como marcos – que realmente são – na "fundação" da estética 8 bits, sua história é anterior, datada dos primeiros computadores pessoais ou comerciais de fabricação em grande escala, como por exemplo, plataformas Sinclair ou TRS.
O bit é uma unidade matemática que determina o fator de potência de processamento de um equipamento eletrônico, sendo a métrica de 8 a mais elementar para CPUs de uso popular. Por provavelmente uma questão de proximidade cronológica, plataformas de 16 ou 32 bits podem também serem incluídas na mesma linhagem, embora muito superiores em recursos expressivos.
A chamada "arte de 8 bits" trata uma estética retrô, fundamentada em uma linguagem audiovisual que faz referência a tecnologia que conhecemos, por sermos todos usuários, como primordiais. Trata-se de imagens compostas por pixels† propositadamente visíveis, paletas de cores reduzida e extremamente contrastantes, músicas de fraseamentos nítidos e timbres ruidosos, e assim por diante.
A noção de estética da era 8 bits, no entanto, apenas é percebida como expressão artística nos dias atuais, promovido por um distanciamento histórico. O que consideramos recursos plásticos para os artistas contemporâneos, antigamente significava o limite da computação. Então o reducionismo de elementos era puramente uma questão de viabilidade prática: poucas cores, pouca definição de imagem, menos quadros em animações, música e efeitos sonoros de simplicidade "grudenta", enfim, a comunicação era levada aos limites da abstração.
O documentário, recheado de nostalgia, menciona cultura, expressão gráfica, instalação, pintura e música – com os chiptunes† – inclusive shows ao vivo.
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